Este blOg é dedicado às minhas queridas sobrinhas ÍriS e Madalena.

sábado, dezembro 16, 2006

Not myself


Who am i?

Sinto-me perdida por dentro,
inspiro e asfixio-me
expiro e sinto-me vazia.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Pierrot


Deixa-me ser assim.
Meia boneca, meia cartoon.
Meia menina, meia mulher.
Meia doçura, meia loucura.
Deixa-me ser assim, preto no branco.

Mas só hoje, amanhã volto a mim.

Pic by_Larafairie

terça-feira, novembro 14, 2006

Breaking his heart


Agarro uma almofada de noite
e é o teu abraço que sinto.
Como um croissant de manhã
e é o teu sabor que fica nos meus lábios.
Fumo um cigarro à tarde
e é o teu sugar que me asfixia.

terça-feira, novembro 07, 2006

On off?


Às vezes gostava de me desligar um pouco...

O coração vai ajudando o cérebro a comandar o corpo e a desenvolver inúmeras acções. Juntos tomam algumas decisões acertadas, outras loucas, outras menos felizes.
Vivo intensamente demais a vida e não me deixo mecanizar pela sociedade.
Hummm... O meu pensamento, em certos momentos viaja tão velozmente que tenho receio de criar um curto-circuito dentro de mim...
Gostava de ter um botãozinho mágico que me fizesse recuperar energia sem perder nada, sair de mim et voilá! Voltar quando quissesse.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Look inside, once again a boy stole your heart...




"There is a smell of burning in your life,
and now, every memory of him is a second in hell...
Then, your heart is ready to burst, consumed by a vibrant fire...
and you are trying to forget, burning all the pictures and poems down..."

Pic and text by_Rolando Cyril

terça-feira, outubro 31, 2006

A Borboleta Dourada



Sentada, na praia.
Ela ganha asas e tudo se torna dourado, viajando de olhos fechados.

Borboleta dourada, entregas o teu brilho ao pôr-do-sol, para que ele nasça todos os dias mais fabuloso.
E ele abraça-te despedindo-se para mais uma noite longe de ti. Abraça-te neste fim de tarde, como em tantos outros, com braços de raios de sol que se vão apagando e acendendo enquanto te vais embora voando, voando...
Enrolas-te no teu corpo de meia fada e adormeces enquanto aguardas que ele te acorde com os seus lábios quentes repletos de luz.

terça-feira, outubro 03, 2006

domingo, outubro 01, 2006

Dor


Existem dias em que tudo perde a cor...
O sabor dos cigarros não é o mesmo, o vinho parece azedo, o bolo de chocolate da mamã não parece assim tão bom...

- Tens febre?
- Não.
- De certeza? Pareces estar doente...

A pele deixa de estar brilhante e fica pálida, meia apagada como se não respirasse. Dói-nos o peito, a garganta está sempre seca, a cama torna-se fria. Tudo no seu lugar do costume, menos eu. Tudo isto não sei porquê, tudo isto porque sim.
De todas as palavras que foram ditas algumas ficaram. Mas é o que não foi dito e que, no entanto, sabemos que dói.

Fumo mais um cigarro e encontro a ironia do traço dos meus passos.

domingo, setembro 17, 2006

Na penumbra da noite



Duendes, fadas, sininhos! Ops! Voltaste a adormecer...

Peter Pan, Peter Pan também aí estás. Anda lá passear connosco e salva também este mundo perdido. Guarda as moedas que roubaste, porque os meus bolsos vazios não sorriem com essa riqueza alheia. Dá-me um pouco desse teu mundo, desse pózinho que as borboletas libertam, desse aroma a infinito, dessa floresta de sonhos. Em troca dou-te boleia nesta viagem para além do conhecido. Fecha os olhos e respira um pouco de mim...

Promise













"The silence of the park
The moonshine after dark
Came to keep her company
The tiny golden cross lay upon her throat
Hands clutching tight her rosary

The rain upon her lips
Eyes opened with a kiss
Just too late for us to see
She sits upon the ground
Face covered by a shroud of midnight canopy

And when the lightning starts
The secrets in her heart
Merge within the rain patterns
And when the shadows fall
The promise of it all Is lost inside the tears that linger on

All the things we'd hoped
Would always keep us close
Stand between us now, as fences
The letters that we wrote
Have all gone up in smoke
And now you're just too far to listen in

When all but hope is lost
You believe at any cost
In things that make the living lighter
And when the shadows fall
The promise of it all
Is lying in the bed besider her."

David Sylvian - Promise (The Cult of Eurydice)

Pic by: PinkEyeLiner

quinta-feira, setembro 14, 2006

Um presente da natureza



Da minha janela, hoje...

Estava a chegar casa. Um segundo a menos e estaria encharcada, uns minutos a mais e não tinha visto um espectáculo maravilhoso que a natureza me ofereceu.
Chovia loucamente, o sol irradiava e o vento soprava forte... Lindo demais! Tentei captá-lo através desta foto, da minha janela... Mas creio que foi um segundo tarde demais... Fica a intenção.

terça-feira, agosto 08, 2006

Silêncio



Em silêncio, o dia espera que a noite acabe para anunciar a alvorada.

Em silêncio, a fonte que teve as águas agredidas continua a correr.

Em silêncio, a árvore podada espera a recuperação dos galhos para continuar oferecendo os seus frutos.

Em silêncio, as células do corpo humano renovam -se a cada dia, modificando cada parte de nós.

Em silêncio, eu espero o amanhã.

quinta-feira, julho 27, 2006

Jeux d´amour



"Coeur, tu es tellement fou
tais-toi, mon coeur perdu

je n'ai plus rien
q'un seule désir

laisser mon rêve
d'amour partir

viens, mon petit bateau
flotte, comme un berceau

je veux seulement oublier
emballe-moi sous les nuages
doucement vient le soleil
bonheur aprés l'orage

d'amour
toujours
les jeux
d'amour

coeur, fait ton chemin
oublie, tous les chagrins

l'amour est beau
il est partout

il faut chercher
rêver, sourtout

viens, encore une fois
prends moi dans tes bras

je veux seulement oublier
emballe-moi sous les nuages
doucement vient le soleil
bonheur aprés l'orage.

in "rodrigo leão - Cinema"
(Rodrigo Leão/ Ana Carolina)

pic by *Rilrae

terça-feira, julho 25, 2006

What plushies do all day



"When arms are not enough
to take you to your dreams
flap them like a penguin
Though you are a skinless chicken..."

pic Go-Devil-Dante

terça-feira, julho 18, 2006

I'm too sad to tell you




"Ela é o prazer de uma descoberta,
a paz de um abraço,
o orgulho de um hino,
a razão de um sacrifício,
o retrato de um coração,
o papel de uma caneta,
a camisa velha que não deixas de usar,

Ela és tu,
é a cadeira em que te sentas,
o carinho que precisas,
a família que não te falta,
o cabelo que voa ao vento,
o carro que te leva,
a nuvem que te sobrevoa,
o Deus que te ajuda.

Ela é o comando da tua televisão,
a dobradiça da tua porta,
a letra da tua música preferida,
a marca da tua cerveja,
a cortina que tapa o sol quando dormes,
o livro que queres escrever,
a orquídea que queres criar,
o centro da tua explosão.

Ela é o sapo que não quer ser príncipe,
o anão que se apaixonou pela branca de neve,
a música escondida de um CD,
a pena que águia deixa cair,
a única coluna da tua aparelhagem,
o dia do teu aniversário,
o postal que dispensa palavras,
o barco que leva o mar atrás.

Ela é a tua história em banda desenhada,
o teu período de juventude,
o teu apóstolo,
a razão da ampulheta,
o teu último suspiro,
o significado do teu primeiro choro,
o que só tu vês."

in O Cavaleiro da Pluma


pic por lucias-tears

domingo, julho 16, 2006

Believe




Fadinha dourada, adormece embalada pelos sonhos que alimenta. Eles vêm através de luzes muito brilhantes que só o coração consegue ver.

BELIEVE...

Do you believe? In your dreams?
Pic by_Susan McKivengan

quinta-feira, julho 13, 2006

A night of spirited escape


"Tonight, I escape to my little secret garden
Where a knoll of white and purple crocus flowers
Creased gently in somber repose
Sway ever so sweetly between my fingertips, to and fro
Reminding me of my lonely thoughts, drifting alone

Under the silver moonlight and star flecked sky
The warm summer night air sweeps the willows nearby
As a fragile perfume gathers up around, into a scented breeze
Woven softly together by the little wings of light I see
As here and there, nimble fireflies swirl about

I am nestled here, amidst this pleasant alcove
On the edge of an indigo pond set starkly before me
Dreaming of love lost and gained, times forgotten, reclaimed
In the ripples of silver swept moonlight, spreading across the water
Much like the memories of my life, my spirit trembles

My little angels of the night scatter away; the scent of flowers ceases to be
As I cry under the willows drooping above, some things I know are best to forget
I look upon the dark robe of water wondering how it reflects more than the starry night
And why the cool earth shall forever embrace the weight of my breath
Tonight is a night of spirited escape."

By: Joseph Palladino

domingo, julho 09, 2006

A importância do agora


Um dia perguntaram ao Buda, o que mais o surpreendia na humanidade e ele respondeu:

"Os homens que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde, por pensarem demais no futuro esquecem o presente de tal forma que nao vivem nem o presente nem o futuro, vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido."

E vocês? Será que vivem em absoluto o presente?

domingo, julho 02, 2006

Do sol


"Trago os braços soltos ao lado do corpo e deixo-os balançarem para a frente e para trás. Devem achar que sou doida. Sinto-me uma criança, não me importa, não penso em nada. Faço um esforço por concentrar-me nos pormenores das coisas. Balanço os braços e eles vão."

Jacinto Lucas Pires, "Do sol"

sábado, julho 01, 2006

Formiguinha

Era uma vez uma formiguinha...
Formiguinha verde, azul, cinzenta. Trabalhava tanto, tanto a formiguinha que a vida lhe parecia fugir. Às vezes esquecia-se da cor do seu sorriso.
Mas tinha um brilho no olhar, a formiguinha, apesar do pouco tempo que tinha para se divertir.
O que daria força a esta estranha formiguinha, se não fosse a força do acreditar?
Pequenina e tão frágil, continua a lutar. E, naqueles pequenos momentos em que está só, sente a companhia de um silêncio apaziguante. Fecha os olhos e sorri, aconchega os lençóis. E sonha, sonha formiguinha em ganhar asas (um dia) para voar.

segunda-feira, junho 26, 2006

Pirilampos


Da minha janela dançam luzinhas incertas.
Olhem, é uma corrida de pirilampos!
Voam desenfreados pelas diferentes camadas de céu.
Desenham flores, pedaços de nuvens e voam, voam, voam...

(Esfrego os olhos)

Miúda tonta que confunde candeeiros com pirilampos...
Está na hora de dormir.
Deita a cabeça, agarra a almofada e SONHA, sonha...
Pois de olhos fechados ninguém te censura por sonhares alto demais.

terça-feira, junho 20, 2006

O Quase




Hoje partilho com vocês esta crónica:

Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.

A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Luiz Fernando Veríssimo

terça-feira, maio 30, 2006

O calor



Este calor asfixia qualquer palavra, faz-nos destilar por fora e por dentro, torna em pó gestos incompletos...
Faz-nos sentir urgência em viver, pensar, sentir...
Como se o nosso corpo pudesse secar partícula por partícula na ausência de um sorriso fresco.
Como um gelado frágil exposto a temperaturas tão elevadas, assim somos nós expostos à palavras secas e ásperas, à indiferença.
Derretemos como um cubo de gelo, tornamo-nos água e depois evaporamos... Difundimo-nos com o ar, abraçamos a atmosfera...
E, em dias mais frios, juntamos partícula a partícula de nós e choramos com saudade, enchendo o céu de nuvens cinzentas e regando sementes perdidas no solo que sobreviveu...
Adormecidos, acabamos sempre por voltar.
Voltar, fazendo renascer novos rebentos, criando novos sorrisos.
E voltar, voltar, como um ciclo.

quinta-feira, maio 18, 2006

Desejos


Dizem que devemos pedir um desejo quando os ponteiros do relógio mudam e ficam todos os dígitos iguais... Aqui vai o meu desejo...


E o minuto já passou. Será que um dia se realizará?
Não deixem de desejar... Nem de sonhar.

domingo, maio 14, 2006

Tão pequenina


Há dias em que nos sentimos como crianças; vulneráveis, birrentas, caprichosas. Eu tenho dias assim...

sábado, abril 01, 2006

Aqui

Foi aqui que fiquei... Quando decidiste ir embora.

sábado, janeiro 07, 2006

A vida é como uma viagem




Um rumo incerto.
É aquele em que a vida é o mar, nós um barco e as decisões comandantes.
Precisamos de diferentes bússolas para traçar e encontrar o nosso destino. Os nossos diferentes destinos.
Navegamos (por vezes sozinhos) em busca do inconcreto, do desconhecido. Perdemos a rota que traçámos. Encontramos ilhas paradisíacas que nem sequer imaginávamos que pudessem existir. O vento sopra, às vezes, a nosso favor. Encontramos companheiros para estas viagens intermináveis.
Mudam os passageiros, mudam as rotas, muda o destino, muda a paisagem, mudamos nós. Mas por mais que tudo possa mudar nessa viagem das nossas vidas, uma coisa é certa: É sempre melhor ter alguém único que nos acompanhe (mesmo se for apenas por breves momentos). Nem que seja para nos mostrar como vale a pena, por vezes, rodar o leme sem destino.