Tentei agarrar-me a uma pedra da calçada do Calhariz, misturar-me num dos raios do sol que pintava Alfama em tons de laranja ao fim da tarde, dissolver-me na espuma das ondas do mar na praia do Meco ou formar dunas subtis na Fonte de Telha...
... Mas o tempo descobriu cada um desses pedaços de mim e, nostalgicamente, tentou juntá-los num ponteiro de relógio acertado. Deu duas voltas à sua corda e reparou que estava adiantado. Marcava uma hora a mais do que a hora de Lisboa.
Foi aí que o tempo me soprou num vento quente lá para os lados da Barceloneta e me recordou que era hora de voltar...
Estou de volta a esta cidade maravilhosa, e (humpf) de volta à vida laboral também.