domingo, junho 22, 2008
Canto Esponjoso
Bela
esta manhã sem carência de mito,
e mel sorvido sem blasfêmia.
Bela
esta manhã ou outra possível,
esta vida ou outra invenção,
sem, na sombra, fantasmas.
Umidade de areia adere ao pé,
engulo o mar, que me engole.
Valvas, curvos pensamentos, matizes da luz
azul
completa
sobre formas constituídas.
Bela
a passagem do corpo, sua fusão
no corpo geral do mundo.
Vontade de cantar.
Mas tão absoluta
que me calo, repleto.
Drummond de Andrade
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9 comentários:
Adorei, mas adorei mesmo, a última estrofe! Lindo!!
E eu tal qual Drummond, no encanto do canto de Nogs...
Calo-me.
Abraços
Nogs,
As palavras de Drummond de Andrade têm sempre a beleza contida nelas.
Beijinhos.
muito bom esse blog, continue assim, muito bom
Maurizio
Hoje o Mar adormeceu na Aurora
O dia desponta em doce calmaria
Um barco cede ao embalo do vento
Uma gaivota na escarpa o ninho vigia
Hoje o Sol pintou de luz o verde
As hortênsias são nuvens na terra
Plantadas por um deus romântico
No sortilégio que esta ilha encerra
Bom fim de semana
Mágico beijo
Solução: bar de karaoke
Não há muito o que dizer acerca dos versos do velho mestre.
Desculpe a ausência, mas a minha falta de tempo tornou-se crônica e progressiva.
Um beijo!
Que surpresa, desenhos que deixei de fazer na vida de alguem (=
Sabhatinha me abandonou, me trocou por outra criança.
Me deixou feliz moça,
a surpresa e a poesia.
Beijo!
Oh:(
Fascinaram-me os teus desenhos e vinhetas!
Obrigada a ti por essas obras lindíssimas:)
Beijo
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