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Nasci.
E mais uns anos,
que vivi.
Apaga,
escreve,
lembra,
esquece.
Quem sou eu,
quando me confundo
naquilo
que queria ser
para ti?
Uma criança,
aprendo de novo,
ou vejo dificuldades
na aprendizagem.
O caminho é esguio,
as armadilhas
amedrontam-me
e a música
encontra-me.
Só nele existo
e nela tenho tranquilidade,
tenho certezas,
tenho poder,
tenho tudo
o que sonhei.
Não me ouves...
Não te quero chamar
aos meus medos,
com receio de te perder.
Tudo o que escrevi
apaga!
Quero escrevê-lo de novo,
contigo...